Origem de Recursos: Capital Próprio e de Terceiros

Hoje o assunto é Contabilidade: você sabe o que é capital próprio e capital de terceiros?

Como já falamos anteriormente neste post, a atividade empresarial anda de mãos dadas com a Contabilidade, pois ela ajuda a planejar e tomar decisões pertinentes ao funcionamento da empresa, sobretudo quando recursos financeiros estão envolvidos.

Os recursos investidos na empresa são classificados em uma das duas categorias:

• Uma parte é o capital próprio, quando os recursos provêm dos sócios e dos lucros acumulados (o que verificamos no Balanço Patrimonial como o valor do Patrimônio Líquido);
• O restante é o capital de terceiros, o valor que resulta de todas as obrigações que a empresa possui para custear suas atividades, ou seja, as compras à prazo com fornecedores, os salários, os impostos, os financiamentos, entre outras dívidas (que no Balanço representam o Passivo).

No vídeo abaixo o professor Rinaldi Corrêa, Mestre em Administração de Empresas, faz uma síntese sobre o capital de terceiros e alerta sobre a importância de conhecer essa informação contábil.

Análise Contábil: Demonstrações Financeiras Cia. Hering

Com 130 anos de história, a Cia. Hering é referência nacional em design de vestuário faz a gestão das marcas Hering, Hering Kids, PUC e Dzarm. Alvo de estudos por acadêmicos de diversas áreas do conhecimento, é a empresa que escolhemos para analisar contabilmente.

No link a seguir, a empresa divulga suas demonstrações financeiras do exercício de 2014.

http://hering.riweb.com.br/list.aspx?idCanal=1f9CTbqShhJ3IjTmRR8m5A==

No Balanço Patrimonial encontramos o Ativo com valor total de R$ 1.432.039.000,00 e o Passivo totalizando R$ 355.962.000,00. O Patrimônio Líquido resultante no ano de 2014 foi de R$ 1.076.077.000,00.

Na Demonstração de Resultados do Exercício, o Lucro Líquido encontrado foi de R$ 318.867.000,00.

Conceituando: O que é Contabilidade?

Contabilidade é a Ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a interpretação dos fatos nele ocorridos. (CREPALDI, 2010.)

Objeto: O objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades. (CREPALDI, 2010.)
Objetivo: O seu propósito básico é prover aos “tomadores de decisões” (diretores, gerentes, administradores da empresa e a todos os interessados) informações úteis para a tomada de decisões. (SZUSTER et al, 2009.) Segundo Marques (2010, p. 27), “a finalidade da contabilidade é manter o registro e o controle do patrimônio das empresas, com a finalidade de fornecer informações e interpretações sobre a composição e as variações patrimoniais”.

REFERÊNCIAS
CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso básico de contabilidade: resumo da teoria, atendendo às novas demandas da gestão empresarial, exercícios e questões com respostas. 6. ed. Atual. conforme as Leis n. 11.638/07 e 11.941/09. São Paulo: Atlas, 2010.

MARQUES, Wagner Luiz. Contabilidade Geral I segundo a lei 11638/2007 das sociedades anônimas: passo a passo para a contabilidade. Cianorte: Vera Cruz, 2010.

SZUSTER, Natan, et al. Contabilidade geral: introdução à contabilidade societária. 2. ed. atual. de acordo com a Lei n.11.638/07. São Paulo : Atlas, 2008.

A importância da Contabilidade na Administração

Tendo como objetivo principal auxiliar o administrador em seu processo de decisão, a Contabilidade exerce esse papel por meio da informação contábil, e para falar sobre o assunto escolhemos um artigo acadêmico postado na Revista FAE.

Os autores demonstram que a informação contábil deve ser vista pelos administradores como um instrumento necessário para a tomada de decisões e controle, não apenas como documentos exigidos pela lei. Além de gerar informações, a contabilidade permite explicar os fenômenos patrimoniais, prever e projetar exercícios seguintes, fazer análises, ajudar na Administração Financeira, controlar, auxiliar decisões quanto a investimentos, financiamentos, pagamento das obrigações, entre tantas outras funções.

Ao final do artigo, concluiu-se que o conhecimento em Administração influencia diretamente no uso das informações contábeis: as pequenas empresas pesquisadas, em sua maioria possuem decisões centralizadas e administração predominantemente familiar, sendo administradas na maioria das vezes pelo proprietário ou por membro da família. Em empresas onde há profissionais com formação acadêmica na área de Ciências Sociais Aplicadas, as informações contábeis são utilizadas com maior intensidade, enquanto empresas administradas por profissionais sem formação acadêmica, 50% delas nunca se utilizam das informações geradas pela Contabilidade para fins gerenciais.

O artigo foi escrito por três contadores e publicado no ano de 2000, o que mostra que a relação entre Administração e Contabilidade é algo sólido e indissociável, interdependentes desde muito tempo. Os autores são: Antonio Gonçalves de Oliveira, Contador e Mestre em Administração de Empresas pela Universidade Mackenzie/SP. Aderbal Nicolas Müller, Contador e Mestre em Contabilidade pela FACEPAL/ PR, e Wilson Toshiro Nakamura, Contador e Doutor em Administração pela FEA/USP.

O artigo completo está disponível no link: http://sottili.xpg.uol.com.br/publicacoes/pdf/revista_da_fae/fae_v3_n3/a_utilizacao_das_informacoes.pdf